terça-feira, 26 de junho de 2007

Palermo(a)

Sabe aquele ditado de que as coisas nunca mudam?

Pois bem, pegue ele e adote para o futebol. Veremos os zagueiros que sempre falham nos mesmos tipos de lances, os atacantes que, não importa em que time, fazem mais gols do que o Romário em jogo da terceira idade, os goleiros que invariavelmente tomam frangos estúpidos e o Palermo que sempre erra os pênaltis que cobra.

O argentino, que chegou ao estrelato por errar três pênaltis em um mesmo jogo contra a Colômbia pela Copa América de 99, manteve a boa forma na final contra o Grêmio, batendo um dos pênaltis mais ridículos de sua vitoriosa carreira quando o jogo já estava definido.

Palermo chutou. A bola não entendeu direito, quicou e foi pra fora sem perigo.

O feito consagrou, definitivamente, o camisa 9 como o pior batedor de penalidades da América Latina colocando-o de uma vez por todas no hall de personalidades metonímicas do futebol ao lado do ladrão Castrilli, do atrapalhado Doni, do "habilidoso" Fabão entre outros tantos.

OBS: Agradecimentos ao Massi que corrigiu o meu equívoco a respeito do jogo no qual foram perdidos os 3 pênaltis.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

O time sincero


Deu a lógica na final da Libertadores: Boca Juniors hexacampeão.

Mesmo assim o jogo foi estranho. Da narração nada empolgada e 102% parcial de Cléber Machado aos pontapés parnasianos de Lúcio em Ledesma, nada foi mais sensível do que ver o Grêmio desistindo da partida.

Não que houvesse algo a ser feito em termos de resultado, mas... Ver os jogadores deixando a marcação de lado e os passes corretos pro próximo jogo não foi muito normal.

Os 11 já sabiam. Não havia mais nada a ser feito. Na verdade todos que já enfrentaram e vão enfrentar essa situação sabem que quando se precisa de 5 gols em 20 minutos não há mais nada a ser feito... O Grêmio só resolveu assumir.

Talvez o Tricolor Gaúcho seja o único time sincero do futebol mundial.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Os galáticos

Havia três ou quatro camisas 10 em campo.
Zaga de seleção mundial.
Ataque de promessas e gabaritados que custavam mais de 100 milhões juntos.
Três melhores do mundo pertinho um do outro.
Todos titulares de suas seleções.
Um bocado de brasileiros.
Técnico experiente e de renome.

Eram galáticos!
Melhores do mundo mesmo sem jogar!
Não venceram...

Viraram piada.
Mudaram o time.
Esqueceram os já gabaritados e apostaram em meio-gabaritados.
Foram indo. Desacreditados. Sem favoritismo algum. Comendo pelas beiradas mesmo!

E quando ninguém mais acreditava neles... A vitória! Enfim a vitória! Enfim a glória daqueles que sofreram tanto! Enfim o sucesso...






.... mas que ficou um gostinho de "erm" na boca de todos, isso ficou!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

O craque

Não há futebol sem ele. Precisamos do mestre. Do entendido. Daquele que toca os corações com os pés e chuta com sentimento.

Ele não existe sem um time. Precisamos dos operários. Dos que vão fazer tudo funcionar. Daqueles que são vontade e que da vontade fazem milagres.

O Milan teve os dois.

Na envergadura de Dida a gigante experiência de três Copas do Mundo. Na zaga os 40 anos de Maldini, a boa forma de Nesta, a vontade de Oddo e o ímpeto de Kaladze. No meio, a raça e grosseria necessária de Ambrosini e Gattuso, a precisão de Pirlo, a vontade e o sacrifício no rosto de Seedorf. O oportunismo e a sorte de Inzaghi lá na frente.

Todos regidos pelo maestro. Todos dançando conforme sua música e sua vontade. Todos aplaudidos de pé pelo show demonstrado.

Ele, o craque.