2014 começa hoje: exemplo a não ser seguido

O acidente ocorrido na Fonte Nova no último domingo de fato foi uma merda grande, mas maior estrume ainda é olhar para a situação e sacar que esta porcaria poderia ter sido evitada com um pouco mais de organização. Organização de ter vistoria, organização de não superlotar a porra das arquibancadas, organização de segurança etc.

Esta palavrinha mágica ainda não deu o ar da graça na boca dos organizadores da Copa 2014. Pode parecer cedo, afinal não se passou nem um mês desde o anúncio do país como sede oficial, mas se temos a pretensão, pelo menos a pretensão, de fazer uma Copa decente, precisamos começar desde já a planejar o torneio.

Talvez assim o Brasil consiga evitar que a capa da BBC Sport da segunda-feira seja: "Tragédia mata 7 no país da Copa 2014".

Rumo a 2010: Brasil 2 X 1 Uruguai

Os futurólogos do Higherlights não decepcionaram e mantiveram seu ótimo nível de acerto de 40% em suas previsões.

O Brasil não empatou, Júlio César não deu margem para os pedidos de Rogério Ceni e as bandeirinhas não foram tacadas em campo, mas o Brasil teve uma atuação pífia, as vaias começaram aos 7 minutos e a imagem do Morumbi não foi lá tão boa, uma vez que relatos dão conta de flanelinhas na porta do estádio pedindo 100 reais para cuidar "dos carro dos doutô".

De qualquer maneira o que se viu durante os 90 minutos da partida com o Uruguai foi... o Uruguai. Jogando muita bola e marcando com afinco, os celestes quase complicaram a vida dos brasileiros com seu forte ritmo desde o início da partida. Tudo bem que a selecinha também contribuiu para o domínio dos uruguaios com suas investidas desorganizadas e meio-campo inexistente, mas também não precisava esculachar!

Felizmente para nós, e principalmente para Júlio César e Luís Fabiano que tiveram noites de ídolos, o Brasil conseguiu arrancar uma vitória e agora dorme tranquilo por mais 7 meses. Mas que não se engane o Dunga e todas as pessoas que acreditaram que a vitória veio por meio de uma visão tática abalizada ou sacada fenomenal do técnico ao colocar Josué no lugar de Ronaldinho Gaúcho. No fundo, o grande responsável pelo sucesso na partida foi o fator sorte.

E que venha o Paraguai!

Rumo a 2010: Vai dar m...

As previsões não são nada boas para o duelo que se avizinha entre Brasil e Uruguai logo mais às 21:45 no estádio do Morumbi.

Desacreditado pelo resultado ruim contra o Peru e pressionado pela parcela estúpida da torcida paulista desde o momento em que pisou na cidade de São Paulo, o escrete canarinho vai ter que ralar muito, mas muito mesmo para sair de campo com o apoio dos mais de 60 mil torcedores que irão "prestigiar" a equipe nesta noite.

O clima posto é o de que a Vitória (com V maiúsculo mesmo) é obrigação! Um empate seria vergonhoso e Deus nos livre de presenciar a revolta que uma derrota acarretaria.

Sabendo disso, alguns futurólogos da equipe do Higherlights fizeram a seguinte previsão dividida aqui em 5 pontos:

1- O Brasil vai empatar olê, olê, olá
2- O nome de Rogério Ceni será gritado logo que a seleção entrar em campo
3- Vão ser necessários 7 minutos para que a torcida comece a vaiar o time por seus toques de lado e falta de objetividade.
4- Os torcedores vão tacar as lindas bandeirinhas verde e amarelas para dentro do campo.
5- A imagem que vai ficar do Morumbi, e dos próprios brasileiros, para a Copa de 2014 não será nada boa.

Aguardemos.

Rumo a 2010: Peru 1 X 1 Brasil

Dessa vez não tinha como jogar a culpa na altitude.

Novamente lentos e sem movimentação, os brasileiros não tiveram bom volume de jogo, dependendo demais das jogadas de Kaká para criar qualquer perigo ao Peru neste domingo. O meia bem que tentou resolver a parada sozinho, mas mesmo o golaço marcado da intermediária não foi suficiente para garantir a segunda vitória do Brasil na competição.

Burocrático na etapa final o time visivelmente quis administrar a vantagem e recuou todos os seus jogadores. A atitude foi equivocada e o que se viu na seqüência foi um domínio amplo do Peru apoiado em sua torcida e no poder ofensivo de um ousado 4-2-4 que culminou com o empate da partida aos 25 minutos.

O Brasil até que tentou retomar a ponta, mas não com o ímpeto necessário para sair com a vitória. Ao fim da partida o mais alarmante não foi o resultado ou a atuação ruim de certos jogadores, mas sim a postura de time pequeno praticada pelos comandados de Dunga, que, ao contrário do Peru que queria os 3 pontos, entraram para não perder o jogo.

Geni(t)al!

Ao contrário do que parecia ser um fato comprovado no início da temporada do Campeonato Alemão, quando o Bayern de Munique se mostrou muito superior aos demais times, hoje a equipe causa preocupação em seus torcedores graças às péssimas atuações que vem fazendo.

A derrota por 3 a 1 para o Stuttgart, atual campeão alemão, foi apenas a cereja do bolo daqueles que não acreditam mais que o Bayern conseguirá transformar seu fortíssimo elenco em uma equipe campeã. Com o resultado o time permanece na primeira posição, mas já sofre com a perseguição de Werder Bremen e Hamburg.

Contudo, mais do que a crise, em termos brasileiros de análise, do primeiro colocado, outro fato chamou a atenção nesta partida, no caso o lance que originou o primeiro gol do Stuttgart.

Ele aconteceu logo no ínicio da partida quando a equipe da casa puxou bom ataque pelo lado esquerdo e cruzou na área. A bola passou por Oliver Khan e foi encontrar o atacante teuto-paraguaio (definição atribuída por um influente diretor da equipe Higherlights) Mario Gomez que empurrou a bola para as redes com, segundo ele, uma parte de seu corpo que "é grande e que doeu muito". Exatamente. Mario Gomez teve a manha de entrar com bolas e tudo contra o atual líder do Campeonato Alemão!

O gol genital mereceu grande destaque na imprensa alemã, mas eu sinceramente acho que foi um lance escroto...

A defesa

- Puta qui pariu! De novo não!

Foi algo mais ou menos assim que deve ter passado pela cabeça do goleiro Felipe na hora em que o árbitro Alicio Pena Júnior marcou a penalidade máxima (ultramega máxima no caso do Corinthians) a favor do Goiás.

"Já era" foi a frase que seguiu o palavrão do primeiro momento, quando Paulo Baier pegou a bola e a ajeitou com carinho na marca do cal. Experiente que só ele, era praticamente impossível que Felipe fosse capaz de fazer mais um milagre pela decadente equipe do Parque São Jorge. E ninguém iria culpá-lo se ele não buscasse aquela bola. O rapaz tanto já fez que poderia engolir um frango no meio da partida e ainda sair como herói do campeonato.

Na cobrança os olhos de Baier pareciam convictos, não havia nenhum pingo da insegurança que tanto acomete os batedores de pênalti em situações como esta. Já Felipe se mostrava concentrado fazendo aquela cara de "preciso pegar essa merda", certamente lembrando de diversas defesas suas que iriam parar no esquecimento caso seu time perdesse e fosse rebaixado.

E tudo se resumiu àquilo... Ao destino de mihões de pessoas, reais e lamentos nas mãos de um garoto de 1,89m embaixo de uma baliza de 7,32m por 2,44m.

Na batida Paulo até tentou enganar, mas o goleiro do Corinthians foi mais competente e, sem dar um passo à frente, voou para espalmar a bola pela linha de fundo. Estava garantido o futuro do Corinthians no Brasileirão. O rapaz levantou, girou no ar e se consagrou... de novo. Era capa de todos os jornais do dia seguinte.

Para ele, e para todos os corintianos deste e do outro mundo, o campeonato deveria ter acabado ontem.

Rumo a 2010: os selecionáveis

Mesmo com as vitórias parciais e completas do técnico Dunga frente à seleção brasileira, é quase unânime entre os torcedores a noção de que os conceitos do técnico quanto a convocações necessita ser revisto, ou mesmo tornar-se convincente.

Dunga prega a quem quiser ouvir que suas seletivas são baseadas no desempenho dos atletas em seus clubes e no fator entrosamento entre os jogadores que ele vem chamando para as convocações.

Ora, tais argumentos seriam bastante convincentes não fossem duas grandes falhas:

1- Existem muitos jogadores que estão bem pela Europa e Brasil e que não estão sendo chamados, enquanto outros que vem comparecendo à lista não andam jogando nada em seus clubes (Gilberto Silva e Júlio Baptista sequer jogam)

2- Se os jogadores são chamados pelo fator entrosamento nas convocações, então de fato nunca teremos jogadores abaixo do desempenho aceitável sendo "desconvocados" não é mesmo?

Os potenciais convocáveis

Deixando a antipatia com relação ao método Dunga de escolha, prefiro colocar aqui alguns dos selecionáveis que deveriam estar nesse grupo:


Entra: Rogério Ceni
Sai: Doni/ Júlio César
Qualquer coisa que possa ser dita aqui soaria redundante fronte o nível de atuação do arqueiro do São Paulo nos últimos anos e a qualidade dos atuais goleiros da seleção.


Entra: Renato
Sai: Fernando/ Gilberto Silva
Mesmo não sendo um jogador excepcional o volante do Sevilla vem mantendo um rendimento constante na temporada 07/08. As pífias atuações de Josué, Mineiro, Fernando e Gilberto Silva com a amarelinha fazem seu retorno à seleção ser ainda mais cabível.


Entra: Luís Fabiano
Sai: Afonso/ Vágner Love
O Fabuloso resolveu mostrar seu verdadeiro futebol nessa temporada e começou a marcar gol atrás de gol. Seu desempenho fez com que a demanda por sua convocação seja agora quase que unânime. Talvez seja ele o camisa 9 que tanto esperamos.


Entra: Liédson
Sai: Afonso/ Vágner Love/ Julio Baptista
Mesmo a convocação de Liédson não seria tão absurda assim em tempos de Loves e Afonsos. O atacante atualmente no Sporting Lisboa tem feito boas apresentações, coroadas com importantes gols tanto no campeonato português quanto na Champion's League.


Obs: Quase coloquei Washington "Coração de Leão" na lista, mas achei que era forçar a barra... Mas só por causa dos problemas cardíacos! Gol por gol ele bate o Afonso!

Para ficar na história

Dizer que o título do São Paulo conquistado na noite de 31 de outubro foi justo, é chover no molhado. Desde que se instituíram os pontos corridos a justiça sempre foi feita quando o assunto é a primeira colocação.

Mesmo asssim é necessário destacar mais alguns pontos nesta equipe além do já manjado "planejamento bem feito que nenhum do clube do Brasil possui".

O grande mérito do São Paulo 2007 foi o de adequar o seu esquema de jogo aos jogadores que possuía. Assim, investiu no setor defensivo para liberar seus dois alas e aliviar a sobrecarga nos ainda "inexperientes" como volantes Richarlyson e Hernanes, dando ao mesmo tempo uma liberdade maior para que Aloísio, Leandro e Dagoberto ficassem no ataque e, principalmente, para que Jorge Wagner pudesse "flutuar" pelo campo criando as principais jogadas ofensivas do time. Aliás, o meia que veio direto do Betis para a disputa do Brasileirão foi a peça fundamental da campanha Tricolor, sendo nítida a queda brutal de rendimento nas partidas em que o camisa 7 não atuou.

Apesar da opinião contrária da maioria da mídia especializada quanto à beleza do futebol defensivo do clube paulistano, há um inegável charme em um time que tem como prioridade a marcação dura e o hábito de não deixar o adversário jogar.

Mesmo assim, a equipe de fato mostrou um futebol feio e burocrático em algumas rodadas, mas a eficácia durante as 33 rodadas do campeonato nacional mostraram que a estratégia "pressão até marcar o gol" aliada à seqüência "tranca tudo lá atrás" foi a mais acertada.

Além disso há que se destacar o crescimento de jogadores como Alex Silva, Hernanes e Richarlyson, a grande revelação do campeonato, Breno, a liderança magnífica de Rogério Ceni e além de tudo o pulso firme de Muricy Ramalho na condução deste elenco que se não é um dos melhores da história do clube, certamente é um dos mais competitivos e brigadores.