terça-feira, 26 de agosto de 2008

Olim piadas 2008: Conforme o planejado

Deu tudo certo.

Depois de um planejamento ridículo para a disputa dos Jogos Olímpicos, o Brasil caiu miseravelmente na semi-final contra a Argentina, deixando mais uma vez o sonho do ouro olímpico ir embora.

O que para muitos foi uma tragédia ou um acontecimento inconcebível, para a CBF foi um tiro certo que mata pelo menos duas questões com um golpe só. A primeira delas é que as portas para a saída de Dunga estão abertas, pois afinal de contas já há motivo para demiti-lo mantendo a tão valorizada "coerência" (algo que tanto o treinador quanto a entidade máxima do futebol brasileiro gostam de vender).

A segunda, um pouco mais conspiratória, é a de que agora existem argumentos factíveis para mostrar que colocar um "motivador" gaúcho no banco não significa bons resultados. Este fato por si só já dá margem para a escolha de qualquer outro treinador e, inclusive, para o retorno triunfal de V(W)anderlei(y) Luxemburgo ao posto máximo do futebol nacional.

Aliás, vale a pena perguntar: Alguém viu o Dunga quebrando o pau com os jogadores quando estavam perdendo o jogo (e a cabeça) contra a Argentina? Enfim...

A verdade é que o plano todo foi muito bem arquitetado e tomou como base o próprio torcedor que agora achincalha o pseudo técnico. Dunga foi um artifício muito inteligente pois era um símbolo do que supostamente a seleção precisava; um cara reclamão, motivador e cheio de vontade, mas que no fundo era uma figura frágil, sem poder político e sem qualquer trabalho anterior que o referendasse no cargo. Assim, sua única qualificação para se manter à frente da seleção brasileira eram os resultados, justamente o que o levou a muitas vezes abrir mão de testar a seleção olímpica para tentar aumentar o seu número de vitórias no comando do escrete. Ah os resultados! Os números que Dunga tantas vezes gostou de mostrar no fundo nada mais eram que um grito desesperado de: "Viram? Eu sou treinador!".

Com isso, não foi nenhuma surpresa quando o trainee assumiu o posto de treinador olímpico. Afinal, o ouro inédito para o Brasil seria uma coisa para calar a imprensa pelo menos até 2010. Não calou e Dunga nem vai aguentar até lá. O consenso geral é de que um empate nos próximos jogos das eliminatórias bota o treinador na rua.

PS: Vou me reservar o direito de não comentar a atuação contra a Argentina. Basta ler o que venho dizendo há quase um ano sobre a falta de padrão tático da equipe que fica clara a minha opinião sobre o que aconteceu.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Olim piadas 2008: O começo

Agora a moleza acabou. Daqui há algumas horas a seleção olímpica brasileira vai encarar o seu primeiro adversário de verdade desde que foi convocada.

E por de verdade eu não digo que Camarões seja um escrete de primeira potência, mas sim que o time africano é minimamente organizado, coisa que China, Nova Zelândia, Cingapura e Vietnã não eram e que a Bélgica passou perto de ser.

Pelo que vimos até aqui a promessa é de show da seleção com direito a toques fenomenais e passadas de pé desnecessárias por cima da bola. No entanto, quem viu os primeiros jogos do Brasil pôde perceber uma clara insubordinação de posicionamento e tática da maioria dos jogadores. No jogo da Nova Zelândia por exemplo, Diego chegou a virar volante em alguns momentos para que Hernanes armasse o jogo. Pato de centroavante foi uma verdadeira lástima e por muitas vezes Anderson pareceu sem função na equipe. Já o craque Ronaldinho Gaúcho resolveu ocupar a faixa de campo que gosta de jogar, o que lhe foi muito benéfico, mas, em um jogo de verdade talvez não pudéssemos nos dar a esse luxo.

De qualquer maneira amanhã é o dia para se ver se o Brasil joga por medalha ou apenas participa como figurante novamente.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Olim piadas 2008: O sorriso de Ronaldinho

O torcedor brasileiro pode dormir tranqüilo. A seleção vai jogar um futebol bonito e eficiente durante a disputa olímpica e trará o ouro inédito para o País. A causa não advém de futurologia ou dedução pelo o que a seleção apresentou diante de Cingapura e Vietnã, mas de um fato ainda mais importante: Ronaldinho Gaúcho voltou a sorrir.

Quem conhece um pouco de futebol, e Dunga conhece muito, sabe bem que não há defesa que pare um craque feliz e tampouco esquema tático que traga melhores resultados do que deixar o melhor jogador do time se divertir em campo. Por isso, a estratégia do Brasil nos Jogos será uma só: fazer o bi-melhor do mundo dar risada e deixá-lo jogar à vontade.

Porque afinal, venhamos e convenhamos, existe craque com sorriso mais bonito do que o Gaúchito?