quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Rumo a 2010: Brasil 2 X 0 Itália

Já virou rotina. Sempre que Dunga está (mais) pressionado a seleção brasileira pega e faz uma atuação de gala diante de adversários mais fortes. É claro que esse "fenômeno" está bastante ligado ao fato do Brasil só saber jogar com equipes que saem para o jogo, mas a vitória contundente em cima de uma displicente Itália mostrou que os jogadores que estão lá podem sim dar conta do recado.

O Brasil mudou o seu sistema de jogo em relação à vitória contra Portugal em novembro do ano passado, voltando a atuar no 4-2-3-1 (fig.1) que levou o time a seus melhores resultados sob a tutela de Dunga.


Já a Itália veio novamente com o 4-3-3 utilizado desde o retorno de Marcelo Lippi ao comando da Azzuri, apostando na habilidade de Pirlo e De Rossi pelo meio e nas investidas pelas laterais do campo. (fig.2).


1º tempo

Com a bola rolando, a equipe italiana dominou as ações nos dez primeiros minutos (tendo inclusive um gol erradamente anulado), mas depois foi suplantada pela boa marcação e movimentação dos brasileiros. Enquanto Di Natale e Pepe, que deveriam ser os responsáveis por levar a bola em direção a um isolado Gilardino, foram completamente anulados pela boa marcação de Maicon e Marcelo, Elano e Robinho seguiram as orientações de Dunga à risca, acompanhando sempre que possível as descidas de Grosso e Zambrotta. Graças a essa marcação ferrenha pelos lados do campo e compactação por parte dos volantes Gilberto Silva e Felipe Melo, restou aos italianos apostar nos lançamentos de Pirlo para tentar qualquer coisa.

Já no ataque, meio-de-campo brasileiro se aproveitou do fato de ter 5 jogadores contra 3 para imprimir um ritmo acelerado de toques rápidos e movimentação intensa, principalmente com Robinho e Elano caindo pelos lados do campo. Não por acaso as melhores chances brasileiras, e os dois gols, aconteceram quando a bola passou pelos ex-jogadores do Santos entrando em diagonal na área adversária.

O 2º tempo

Na segunda etapa Lippi decidiu trocar quatro jogadores de uma vez e mudou o esquema para um 4-4-1-1, com a idéia de descer com mais força pelas laterais do campo e aproveitar o espaço entre a linha de defesa e os volantes brasileiros com o jovem Giuseppe Rossi (fig.3).



A Itália foi mais time durante toda a segunda etapa, mas a marcação brasileira continuou implacável, contando ainda com as brilhantes defesas de Julio César para salvar o time nos momentos de perigo.

No fim, o Brasil conseguiu uma importante vitória sobre uma grande equipe, que no entanto, não esteve inspirada, se mostrando até displicente em diversos momentos. Mesmo assim, o teste foi válido e Dunga segue forte pelo menos até o próximo jogo, contra o Equador na altitude de Quito.

Um comentário:

Alexandre Massi disse...

É Gabriel, até quando vamos falar do Dunga?

O time jogou bem no primeiro tempo e deixou a desejar no segundo.

Mas é importante ver que estamos ganhando de seleções fortes.