segunda-feira, 7 de maio de 2007

A estréia

- Eu quero raça aqui dentro! Quero vontade e movimentação!
Organizaram-se em um uníssono de pensamentos e vozes e subiram a rampa que os levaria a uma segunda etapa diferente.
- Garoto!
O camisa 25 parou de subir.
- Faça o que você sabe.
Um aceno de cabeça. Nos pés a certeza do sucesso.

Mal posso conter minha euforia. Vou voltar! Finalmente vou voltar! ... Eu os ouço. Sim os ouço. Eles gritam meu nome. Novamente meu nome. Como esperei por esse momento!

Bastaram cinco minutos. Driblou, passou, recebeu, se apresentou e reapresentou.

Como será meu primeiro gol? Nisso eu não penso. À bem da verdade eu em nada penso quando estou em campo. Eu me movo para onde não vejo e corro até me dar conta de que recebi a bola. Não interessa pra onde nem porquê, a coisa funciona assim!

O passe acurado, a humildade e a gentil oferta transformados em clamor popular. 13 minutos lhe são suficientes.

Não podemos parar! Eu não posso parar! As pernas já me doem e Deus sabe o quanto me falta o ar, mas... Eu quero continuar! Eu preciso fazê-lo!

Na tabela rápida a certeza de que ele não desaprendeu seu ofício.

Na bandeira erguida o adiamento da alegria.

- Não há de ser nada, ainda dá tempo!

Na torcida a certeza de que um novo herói surgia.

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